Coisas do Branco!

Walter Gutler, o popular Branco como era conhecido nos campos esportivos defendendo o Botafogo E.C. na década dos anos 60, jovem boa pinta, cabelo bem penteado, loiro, enfim bem arrumado, tinha uma característica muito especial e peculiar: “dar um carrinho com força nos ponteiros assanhados”. Segundo o próprio jogador que sentenciava: “do pescoço para baixo é canela”.” O seu Marcelino dizia que se eu não baixasse a lenha nos ponteiros adversários, “eu te tiro e boto outro em teu lugar”. Será que foi a sombra do substituto, medo ou outras explicações? E disse mais:
“Lembro muito bem que no jogo final em Campo Bom, onde aconteceu a conquista do Bi-Estadual de Amadores, no ano de 1967, na primeira vinda do ponteiro esquerdo do adversário, dizia ser um ponteiro “boa pinta”, parecido com o cantor Roberto Carlos, cheguei de cara e com firmeza “atorei”, jogando o cabeludo no alambrado”. Será que o dito cujo voltou ameaçando pela ponta canhota? É lógico que não. O jogador Clóvis Alves, o melhor meia-esquerda que Três de Maio já viu jogar, confirma o que estamos narrando. Parabéns gurizadas medonhas. Ainda viriam outras façanhas memoráveis do preto e branco até morrer.

Ainda do lateral direito Branco!

Conta ele bastante empolgado, que por ocasião de um clássico Botal realizado no Estádio da Baixada do Oriental F.C., jogando garbosamente com chuteiras famosa, marca “gaeta” do couro virado, com dois pregos na ponta, numa dividida de bola com o ponteiro esquerdo Viti, aproximadamente na metade do primeiro tempo do clássico, sabem o que aconteceu? Diz aí Branco! “Abri um vão enorme na canela dele, ficando com osso exposto”. O Treinador do Oriental era o conhecido desportista chamado Carioca, na época funcionário do SANDU da Previdência Social, metido ao “Zé faz tudo”, aos gritos de bandido e outros predicados disparados contra o lateral , imediatamente costurou o penitenciado jogador que voltou ao jogo, adivinhem aonde? Jogando com alguma dificuldade e pela meia-esquerda. Maldade?Covardia? Esperteza? Você é quem decide, mas que foi verdade eu acredito, afinal, o seu Walter foi quem me contou...

Aconteceu entre os doutores!

Deveria ter sido nos anos de 1979, talvez 1980, quando aconteceu um fato ao menos inusitado, envolvendo o maior clássico Botal e dois ex-presidentes da dupla famosa. Do lado do preto e branco o saudoso dr. Redel, e do lado do alvi-verde, o dr. Lotário Boeck.
Ocorre que estava para acontecer o melhor entre os dois jogos a serem realizados pela dupla, em ambos os estádios. Oportunidade maiúscula de faturar uma grana segura, até para manter os “amadores-profissionais” vindos de outras plagas. Um comum acordo entre os dois presidentes foi de não ser realizado o clássico, em caso de mau tempo. O primeiro jogo marcado para o estádio da baixada, na véspera e ao amanhecer, havia chovido muito, razão pela qual e conforme acordo, o clássico seria transferido. A esperteza do dr. Redel se sobressaiu. Buscou os jogadores que residiam em outras cidades, ligou para a FGF, anunciou na imprensa que o clássico estava confirmado, fardou o seu time e se apresentou no estádio minutos antes do início do jogo. O sempre “esperto”dr Lotário, determinou ao seu zelador sr. Leonel, que sumisse com um arco ou trave, o qual era conhecido popularmente como pau, para que não fosse realizado o clássico. O juiz Itiberê Padilha chamou o dirigente alvi-verde e disse:”O senhor irá se complicar se não mudar de idéia, afinal o jogo está confirmado e o Oriental poderá ser eliminado da competição e ter sua situação encerrada como filiado da FGF”. Providências foram imediatamente tomadas e o clássico foi realizado. O resultado da partida ficou em segundo plano. O que ficou marcado e um fato muito famoso na época e que hoje o dr. Lotário gosta de relembrar é o seguinte, segundo o zelador Leonel: “O dr. manda tirar o pau de madrugada, e logo a tarde manda botar o pau”. Sinceramente...

Com Febre é mais gostoso!

Vejam o que é o “troço”! Se for pra ser, será! No jogo final em Palmeira das Missões no ano de 1965, frente ao Palmeirense E.C., vocês não sabem, mas um jogador jogou com febre de quase 40 graus e foi o autor do gol do título. É a mais pura verdade. O nome deste abnegado atleta privilegiado pela sorte, chama-se Nery Setembrino Jahn, conhecido nos campos por “Spintia”. Saibam o que ele me contou por ocasião do encontro memorável na festa dos 50 anos do glorioso Botafogo E.C.: “ No dia do jogo amanheci com uma febre desgraçada e o presidente Marcelino Cassol veio lá em casa e disse: vamos Nery, embarque na kombi. Eu disse: seu Marcelino não tenho condições, estou queimando de febre! Ele disse, não adianta justificar, você vai junto, iremos te medicar no caminho e a tarde você estará bem. Fui deitado no banco traseiro da kombi até lá. Chegamos e me arranjaram uma cama no hotel. Ao meio dia tomei apenas uma “sopinha”. Ainda sentindo febre pensei: ele não vai me escalar, afinal não tenho as mínimas condições. Chegou a hora da grande final, o seu Marcelino deu a escalação e eu estava no time. Daí eu disse: então vou pro sacrifício e seja o que Deus quiser”!. E sabe o que Deus reservou para o Nery? Foi ele quem marcou o gol da vitória por 2 x 1, dando ao Botafogo E.C. o primeiro título de Campeão Estadual de Amadores do Estado do Rio Grande do Sul. É preciso dizer mais? Muito obrigado Senhor!

Botal em Rocinha ?

Parece mentira que os dois grandes da cidade, com todos os seus patrimônios, seus históricos invejáveis em participações de campeonatos estaduais, acumulando títulos, um dia se dariam o luxo de realizar o maior clássico amador estadual, no interior do município de Três de Maio, no pacato povoado de Rocinha.De fato, mas é a mais pura e absoluta verdade. Isso aconteceu na década dos anos 80, por ocasião da realização de um Torneio Quadrangular, entre as equipes da SERocinha, anfitriã, E.C. Piratini do lajeado Bordado, Tucunduva, e dos dois grandes da cidade. A equipe Botal venceu os seus respectivos adversários, havendo então, a final entre o E.C. Botafogo e o Oriental F.C. Que o jogo fora nervoso, truncado, brigado e em algumas vezes com jogadas ríspidas, é também verdade e dispensa maiores comentários. O Oriental saiu na frente fazendo um a zero, através do seu meia esquerda Zeca. O empate viria logo a seguir, com um arrojado gol do meia armador Argemiro. Mas agora, prestem atenção de como esse lance aconteceu, segundo depoimentos do próprio jogador: “Recebi um lançamento em profundidade, penso que fora do Celito, e me antecipei do goleiro Boiarski, e com a mão fiz o gol, mas ninguém viu. O goleiro, saiu em direção da bola e com o punho tentou acertá-la, porém acertou a minha cabeça, e fui a nocaute. O juiz deu o gol. O clássico estava empatado. Daí se gerou a maior polêmica, os torcedores invadiram o gramado, rolou a maior pauleira e, em conseqüência disso, o jogo não terminou. Lembro-me que acordei no hospital em Três de Maio, sentindo muitas dores na cabeça, mas não perdemos o Botal”! O nome do infeliz juiz não foi revelado!

Folia de Tigre !

Contam que o jogador Tigrinho, (aliás um extraordinário quarto zagueiro), rapaz muito quieto, de pouca conversa, mas que gostava de aprontar as suas sacanagens e as fazia com rara maestria. Por ocasião de um Torneio de Inauguração do Estádio do Duque de Caxias, de Esquina Tunas, HZN, nos idos dos anos 60, participantes: Botafogo, Aliança e Paladino de S.Rosa, Flamengo e Nacional de Hzn e o próprio Duque de Caxias, o atleta Tigrinho, já fardado e antes de adentrar ao gramado, observou uma caixa de fazer massas de construção, e não teve dúvidas, adentrou-a, sentou-se dentro dela, e com duas “baquetas” inventadas, começou a remar como se estivesse numa canoa dentro da água.
A atitude do Tigre despertou à atenção e o riso da grande multidão presente. Essa foi apenas uma das muitas “folias” do saudoso Tigre!

Caco de Excursão II

Apenas recordando a inesquecível excursão à S.Miguel do Oeste – SC, nos anos 61, (alguns dizem que foi em 63/64), quando de tudo um pouco aconteceu. Nessas nossas andanças e em contato com um e com outro dos mais antigos viventes, ficamos sabedores de mais uma “gandaia” de causos acontecimentos e proezas vividas na bendita excursão, contratada e organizada pelo Venenoso, ex-atleta do co-irmão Oriental, e que residia em SC.
Atalho por Campo Novo, Braga, Ten. Portela e São Miguel, estrada cheia de lama, barro, ônibus acorrentado, bom motorista, e, mesmo assim, foram inúmeras às vezes em que foi necessário usar a força física dos seus ocupantes para sair do atoleiro. Em meio ao alvoroço do empurra, empurra, sobe e desce, abre e fecha a porta, o Bugre se desgarrou e caiu fora do ônibus e de joelhos deslizou ribanceira abaixo... Dizem que o “infeliz” ainda sorria satisfeito por ter propiciado um ato de malabarismo e ria muito lá de baixo, abanando para os colegas que se diziam preocupados com seu estado físico que poderia ter ficado “estraçalhado” nas ribanceiras e matagais estranhos.
Já no hotel no domingo pela manhã, dois atletas “bonzinhos” (os nomes permanecem em segredo), se gabaram dos outros dizendo que eram privilegiados por terem um quarto com colchão de mola, mosquiteiro e outras regalias. Daí, os revoltados vingativos, molharam seus colchões para prejudicar o sono dos “bonecos”. Bem, o desfecho disso tudo só podia se dar através de uma tremenda guerra d’água entre todos os atletas.
Durante a excursão houve ainda declarações de amor, remessas de cartas apaixonadas, trocas de presentes falsos, e mais.... mais.... esta história um dia terá seqüência, aguardem. Se você tem curiosidade aguçada, entre em contato com o Henrique, Runcke, Mário Dick, Jesus M.G. da Silva entre outros, e ria se fores capaz...

Não lembro do ano... Nem do dia ou do mês...

Não lembro nem do adversário!
Aliás, não lembro nem do gol...
Mas ele existiu e foi decisivo na conquista de mais um título do Botafogo de Três de Maio.
O time da estrela solitária disputava um campeonato regional de futebol infantil. O técnico era o ex-zagueiro nena. Os meninos do botafogo chegaram invictos a fase decisiva, disputada no estádio estrelão. E no jogo final, um jogador saiu do banco de reservas pra fazer história. O camisa onze começa jogando no lugar do ponta esquerda suspenso.
No primeiro tempo, um contra ataque mortal e o camisa onze avança em velocidade, na saída do goleiro rola pro centroavante fazer o primeiro do botafogo, um a zero.
Vem o segundo tempo, o adversário aperta, assusta, pressiona. E novamente em mais um contra ataque, só que agora pela direita, o alvinegro tresmaiense selaria a vitória e o título. Mas esse gol não foi um gol qualquer!
O cruzamento longo atravessou toda a grande área até chegar no camisa onze. E ele não perdoa, se antecipa ao goleiro e cabeceia certeiro pro fundo das redes.
Um gol... Esquecido!
É que o goleiro em vez de socar a bola acertou em cheio a cabeça do atacante que caiu no gramado, desacordado!
São minutos de pânico. A comemoração do gol é substituída pelo susto ao ver o menino caído no gramado sem reação. Companheiros tiram as camisas para fazer um pouco de vento e tentar reanimar o jogador. A comissão técnica atravessa o campo pra socorrer o goleador. Logo, ele volta, firme, forte, pronto novamente para a batalha, assim como manda o espírito do time botafoguense. O camisa onze continua jogando e exausto é substituído no fim da partida.
Vitória do botafogo, dois a zero, título na mão, desfile pela cidade. E é só a partir daí, desse momento, que o camisa onze se recorda. Todos os outros fatos, inclusive o gol, só são lembrados porque os outros contaram.
Quem era o camisa onze? Alessandro Ivanowski! Descendente da família cassol, de extensa ficha vitoriosa no Botafogo.
Sim, eu vivi esse momento!
Fui campeão pelo botafogo de três de maio e tenho orgulho disso. Fiz o gol e não me lembro. Mas quem quiser pode perguntar! Um gol esquecido, mas comemorado, mesmo que depois de algum tempo!

O mais puro AMOR ao BOTA e a BOLA!

Num desses tradicionais encontros familiares de fins de ano, ouvi atentamente um “causo” de um ex-atleta do glorioso Botafogo-TM. Refiro-me ao melhor ponteiro direito de todos os tempos da história dos 50 anos, que na época de atleta, conciliava o futebol, em Três de Maio, com a vida militar, na cidade de Itaqui. Observem com atenção ao depoimento emocionante do ponteiro Tarcísio:
“Foi no já distante ano de 1978, quando servíamos o exército em Itaqui.Para poder jogar pelo nosso Botafogo, na sexta-feira, após o expediente e por volta das 18,00 horas, sempre saíamos em dois” milicos” até o trevo, e tentar conseguir uma carona, (geralmente apenas camioneiros é que paravam). Inúmeras vezes, viajamos em carrocerias abertas de caminhões. Saíamos sempre em dupla (eu Tarcísio com o Alemão, Leivinha que na época jogava na Ass. Horizontina e Milton Mayer, este um amigo muito divertido), Picina com Marcelo, e outros que agora não me recordo. Nesta narrativa estávamos eu, e o Milton, tentando uma carona. Tivemos muita sorte em conseguir que uma camionete logo parasse e nos levasse até o trevão das Missões, em Santo Ângelo.Descemos e logo conseguimos outra carona .Paramos no trevo de Giruá, por volta das 23:30 hs. Realmente era a nossa noite de sorte aquela! Atravessamos a cidade de Giruá a pé, e enrolados em cobertor destes pega-pulgas (era uma noite muito fria), chegamos enfim até a saída para Três de Maio. Aí aguardamos alguma “alma bondosa” que nos levasse até o destino. Nesse momento a sorte nos abandonou! Sentamos no chão contra um barranco que havia sido cavado para tirar terra, e ali “cochilamos” até às 6:00 hs da manhã. Acordamos” duro de frio”.!... Como o Milton fumava, arrumamos alguns papéis meio úmidos, e fizemos um fogo para nos aquecer. De repente, um bondoso motorista de caminhão da coca-cola, parou e nos levou até Três de Maio. Chegamos e fomos direto à casa do mano Milton, que juntamente com sua esposa Nadir, nos serviram um farto e delicioso café quente. Ao comentarmos o ocorrido lá na Tecidos Buricá, ainda levamos um “xingão” do tio Marcelino, que falou que deveríamos ter ligado que ele iria nos buscar...Mas não queríamos incomodar ninguém àquela hora da noite, e o celular da época.... Algumas histórias, e tudo pelo Botafogo....”
Esse raro exemplo de esforço, sofrimento, dedicação, carinho e amor ao clube, à bola e aos torcedores, foi devidamente recompensado. Afinal, logo adiante nos anos 80/85, veio a consagração com a conquista do Bi Estadual do Absoluto de Amadores do RS. Obrigado Tarcísio! Seja sempre abençoado!

Gol “espírita” dos velhos tempos!

Para quem gosta de futebol e já viveu um bocado de tempo, ainda lembra do ponteiro VOLMIR, conhecido como “massaroca”, ponteiro esquerdo que jogou na dupla Grenal por muitos anos passados. Foi um ponta que marcou nos gramados do Brasil com suas jogadas “endiabradas” pelas pontas, indo à linha de fundo com facilidade, se passando da bola, tropeçando nela, livrando-se das amarras dos laterais que rasgavam suas camisas, e de repente se livra de tudo e de todos e com aquele cruzamento milimétrico a bola toma destino das redes. É gol... Pois é, os mais afortunados pela idade, lembram destes episódios. Havia partidas em que o “endiabrado” ponteiro acabava com o jogo, levantava a torcida, entortava o lateral e por vezes quase quebrando a espinha com dribles desconcertantes e muito mais...
Reservadas as devidas proporções e com passagem idêntica jogando pelo Botafogo E.C. na década dos anos 60, conquistando o Bi_Estadual, categoria amador, destacamos o ponteiro Olívio do alvinegro Tresmaiense. Jovem jogador, bem preparado e com uma vontade grande de vitórias e de títulos. Lembro ainda bem, num jogo no estádio municipal, o Olívio foi lançado em profundidade pela ponta esquerda, fez um verdadeiro carnaval com o lateral, entortou-o pelos dois lados, gingou pra cá e pra lá, levantando a torcida e daí fugiu velozmente pela linha de fundo e num tradicional cruzamento com “efeito procurante”, gritou para o centroavante: “É tua Flávio, é só fazer”. Adivinhemmmmmm é gol do Botafogo!!! Gol dele, o risonho e faceiro “faxa”, o amigo dos amigos! A imprensa da época classificou aquele gol como “espírita”, tendo a pelota descrito uma ogiva procurante à esquerda e se aninhou no cantinho da rede. Jogadas memoráveis, gols estupendos, espetaculares e decisivos. Títulos inéditos para Três de Maio! Olívio deixou saudades dos campos esportivos, como muitos que Deus já levou. Foram atletas de fundamento, lutadores, amor à camiseta, bem preparados e orientados pelo Diretor-Presidente Marcelino e por toda Diretoria do preto e branco até morrer. Parabéns com saudades....

Dito pelo JESUS!

Essa gurizada do pintiafogo aprontou algumas façanhas nos idos dos anos 60. Gurizada esperta, faceira, medonha e acima de tudo parceira, que além de praticar um bom futebol, sabia buscar no esporte e na diversão sadia, um ótimo passa tempo. É bem verdade, igualmente, que alguns dirigentes do tipo bom bril, isto é, com mil e uma utilidades, foram juiz, narrador esportivo, torcedor, enfim gente fina uma coisa por demais.
Agora ouçam o Jesus falando: “Na década de 60, num jogo amistoso-festivo entre o Botafogo E.C., categoria amador e o Guarani E.C.da cidade de Cruz Alta, integrante da 2ª Divisão do Profissionais, em Três de Maio, no Estádio Municipal, o juiz da contenda foi o desportista-dirigente-narrador, e nas horas de folga árbitro, João Sabino Bonfada.Ao chegar no centro do campo, vestido a rigor, balaquero e demonstrando uma “mala” daquelas, de pronto trilou o seu apito, chamou os dois capitães e disse: Não precisamos sortear os lados, voceis começam jogando pra cá, e nóis (botafogo) jogamos pra lá. Espantado o capitão da equipe visitante disparou: Mas como sr. Juiz, será que entendi direito? Joga nóis pra cá e voceis pra lá....então nem precisaremos jogar, afinal a vitória de veceis já está garantida?!! Hehehe”. Coisas de antigamente, discretas é bem verdade! Palavras do senhor! Jesus da Silva...

Contado pelo próprio!

A década de 60, além da fundação do glorioso Botafogo, foi marcada por inúmeros causos e acontecimentos no mínimo curiosos. Na medida do possível e do “rememorial”, estamos buscando lá do fundo do baú, trazer de volta e repartir com vocês alguns momentos que merecem registro. Vejamos este fato que aconteceu no ano de 1962, num jogo no estádio municipal, entre as equipes do Botafogo e do E.C. São Luiz, da cidade de Ijuí. Acontece que o juiz daquela partida, lotado na Liga Ijuiense de Futebol Amador, estava prejudicando em demasia o time local, em favor do adversário, que sorria faceiro com as benesses recebidas do apitador.
No intervalo da contenda que acabara empatada em um tento para cada lado, o atleta e capitão Runcke, enfurecido “tomou” o apito das mãos do juiz de “propositada intenção prejudicial”, e entregou-o ao sr. Ivo Venâncio, mais conhecido por “Picolé”, que conduziu todo o segundo tempo, de forma magistral... Num lance de escanteio em favor do preto e branco, o atleta Bugre apareceu na pequena área como um “bólido” e com a mão escandalosa, fez o 2 x 1. O juiz “picolé”, validou o gol, incontinente. Daí, um atleta do São Luiz, muito nervoso e indignado, detonou respeitosamente: “Sr. Juiz, que o senhor era surdo eu sabia, mas cego não”...Os atletas Ijuienses discutiram muito entre si e arremataram: “Agora é a vez deles”. Não é preciso dizer que o jogo terminou com a vitória do glorioso.....

Amor, festa, futebol e emoção!!!

AMOR!
Alguém já dizia: “Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. A amizade é um amor que nunca MORRE.” Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o AMOR existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, ( mesmo distantes), que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim.... e que tudo na vida valeu a pena!
FESTA!
Uma festa é uma solenidade comemorativa destinada a pessoas ou fatos importantes.
FUTEBOL!
É dentre todos os esportes, o mais popular, o que de longe desperta mais paixão e interesse. O futebol é muito mais que um jogo no qual dois times de onze se defrontam em busca do gol.
EMOÇÃO!
É um sentimento dramatizado, psicosocialmente construído, que misturado ao sentimento, pode ser tanto um acontecimento, quanto um objeto ou uma pessoa, e perceber como ela influencia a nossa conduta perante as pessoas e a melhor maneira de nos conhecer a si mesmo.
AMIGOS!
Tudo isso aconteceu na cidade de Saudades, nos dias 28 e 29/11/2009, entre as equipes do Juventus local e do glorioso Botafogo E.C. de TMaio-RS, na maior festa de Integração fraterna-esportiva-social entre os dois estados.
Belíssima recepção pelos anfitriões ao primeiro ônibus no pórtico de entrada da cidade, por volta das 13 horas, ao som dos hinos imortais das duas equipes, regados a finas bebidas. Grande carreata no centro de Saudades. Um almoço de deixar mais saudades ainda... No intervalo do jogo vencidos pelos Catarinenses por 3 x 2, nova recepção, desta feita a um micro-ônibus, trazendo grandes craques, ente eles: Chorinho, Nena, Classmann, Tora, Borbolha, além do Presidente Codado. Farto jantar dançante que enlouqueceu a galera. Daí os hinos apareceram e com ele o impulso faceiro do “veio” (Veio e a tua ceroula), que muito emocionado repetia para o garçon: “Abre mais uma caixa...” Muitos demonstraram emoção maior, notadamente o “Guinazu” que chamou diversas vezes o Hugo, com direito ao transporte em condução especial ao quarto, rumando posteriormente ao pronto socorro. O artista local, o PEDA, estava solto das patas e faceiro que nem ganso novo em taipa de açude....E o almoço do meio dia? Cruz-Credo! A emoção falou mais alta. Os laços afetivos de amizade, carinho e reconhecimento, se agigantaram... Os discursos inflamados, improvisados e de fundamento, superaram as maiores expectativas, e as lágrimas sinceras não puderam ser contidas..A triste despedida ficou por conta das geladas....Valeu gente amiga, amada e querida. Parabéns pelo grande gesto de carinho e de união indissolúvel existente entre estas famílias. Felicidades mil com as bênçãos de DEUS!

Questão de etiqueta, ou...

A delegação e os atletas do Botafogo, no dia 07 de dezembro de 1980 pernoitou na noite anterior ao jogo, em Soledade, local da partida , que seria palco de campo neutro, em jogo válido pelo Divisão Especial de Amadores. O jogo foi vencido pelo Botafogo por dois tentos a zero. Gols de Hélio e Tarcísio.
Pela manhã, um grupo de torcedores do alvinegro, deslocou-se até um restaurante próximo, para tomar café.
O educado garçon logo foi perguntando: O que o senhor deseja?
Após olhar muito ao redor, um torcedor disse: “Pra mim uma taça de café com leite”
Outro fulano disse: “Pra mim uma taça de café com leite”
O próximo beltrano tacou: “Pra mim, igualmente uma taça de café com leite”.
Daí chegou a vez do conhecido torcedor “Coati”.. Pra mim pode ser uma chícara de café com leite!

Difícil é acreditar!

Passear. Visitar colegas. Abraçar amigos. Gostar de festas. Degustar uma ou outra cerveja bem gelada. Contar causos. Ouvir músicas, enfim, tudo é legal e parece normal, não é verdade?
Assistir uma partida de futebol, xingar eventualmente algum atleta acomodado em campo, vibrar com o seu time do coração nas vitórias e, após o jogo, comemorar a conquista com os amigos, também é normal, está certo?
Agora vejam bem: contemplar essas alegrias e ir para a copa do estádio com os amigos, pedir uma cerveja bem gelada e um copo, sendo este negado pelo garçon, parece meio estranho, não é mesmo? Observem a reação do pedinte diante da negativa. Enfurecido tira do pé um sapato, enche-o de cerveja e começa degustá-la d e b o c h a d a m e n t e diante do bandido. Isso parece inédito, acreditem? Mas, para desconforto, gana e desespero do mal educado garçon, nem é preciso dizer que a confusão foi geral, as ameaças e as discussões se multiplicaram. Porém, com a chegada dos amigos que preferem apenas beber e comemorar, ao invés de brigar, aos poucos os ânimos foram se acalmando e tivemos um final feliz.
Detalhe: Falem com o Professor Arduíno, primeiro secretário do glorioso, saibam o “gostinho da loira”, e obtenham mais detalhes deste incomensurável fato...

Pensão arrombada!

O cidadão Miron Paulo Beck, foi um dos Presidentes do Botafogo E.C., durante os anos 80, disputando um campeonato principal da segunda divisão. Na época, a direção disponibilizava aos atletas contratados, alguns com verdadeiras “fortunas” salariais, vindos de outros municípios, uma casa alugada, uma pensão, um “chatô”...
Conta o dirigente que numa das tantas madrugadas durante a concentração que antecipava os jogos, lá pelas cinco horas da matina, seis atletas que faziam parte deste reduto, arrombaram a porta da cozinha da casa alugada, e “agrediram” o congelador, sacando do seu interior a carne congelada, logo após preparando um tremendo churrascão, regado a outros “quitutes más”...
O Diretor de Futebol da época, sr. Valter Gütler, o Branco, como era conhecido nos campos de futebol, sabedor destes fatos, indignado deu o maior “estouro” com os envolvidos , e interpretou como uma legítima sacanagem, temperada com malandragem mais pipocagem... Afinal, será este o tipo de comportamento recomendado para um ou mais atletas profissionais???

Notícia triste!

A dupla Botal contou ao longo da sua história a partir dos anos 60, com inúmeros jogadores considerados “craques” do futebol. Neste interin, quero destacar a figura de um grande goleiro, que além de ser rápido e seguro nas saídas de bola, era um verdadeiro pássaro, pois simplesmente “voava” debaixo dos paus. Refiro-me ao saudoso atleta Jorge Kath, um jovem goleiro do Botafogo que nos deixou prematuramente aos 40 (quarenta) anos de idade, fazendo aquilo que mais gostava, ou seja, jogar futebol. Na tarde do sábado, dia 20/03/1982, o Oriental jogava em seu estádio uma partida pelo campeonato amador estadual, frente a equipe do Aurora de Cerro Largo. E como acontece a mais de 50 (cincoenta) anos, a prestigiosa Rádio Colonial se fazia presente com o narrador competente Luiz César Fasolo, o comentarista JMoraes e o repórter de campo, Olavo C. Pedroso. Numa investida do Oriental à área do Aurora, a bola fora jogada para escanteio. Na intervenção sempre atenta do repórter, o Olavo comentou a jogada e disse mais o seguinte: “Após o escanteio, vou dar uma “notícia triste”. Prosseguindo falou:” O futebol não vive só de notícias boas. Segundo nos informou a poucos instantes o sr. Henrique Becker Filho, o sr. Jorge Kath, jogando uma partida amistosa de futebol sete entre os Rotarianos de Tucunduva, sentiu-se mal, foi levado às pressas ao hospital, porém não resistindo ao enfarto agudo do miocárdio, veio a falecer”...
O público presente ao estádio emudeceu, bem como a grande família Botafoguense que “chorou” inconsoladamente a perda deste jovem atleta de grandes conquistas e cheio de planos de vida longa, tanto no campo profissional, como familiar. Descanse em paz grande Campeão!

Os esforços valeram a pena!

Nas conquistas dos primeiros títulos estaduais pelo Botafogo nos anos 65/67, três atletas tresmaienses, na época estudantes em Porto Alegre, se deslocavam nos finais de semana até a terrinha , com algum sacrifício, é claro, defender as cores do preto e branco, cujas despesas eram custeadas pela Diretoria. Foram eles: Jorge, Mário Dick e Flávio, trio que, em conjunto com toda a equipe , fazia a diferença nos gramados esportivos.
Contam os dirigentes da época que, vir era fácil, o difícil era a volta. Segundo o 1º Presidente e técnico multi-campeão Marcelino Cassol, “era difícil encontrar uma pessoa disponível para esta tarefa. Algumas vezes, o Juca Schardong dava uma mão”... Após as partidas, os atletas era conduzidos até Santa Rosa para pegar o ônibus rumo à Porto Alegre...O esforço foi recompensado afirma o dirigente, afinal veio o Bi-Estadual.
Fato semelhante aconteceu nas conquistas dos anos 80/85, desta feita nas idas e fridas , até Saudades, SC, do ponteiro direito Tarcísio.. Méritos com letras maiúsculas ao seu técnico Ademir Dahlen, vulgo “estufado”, ao Juca Schardong, ao Manja e ao Maninho, entre outros, que se revezavam no deslocamento do melhor ponteiro direito da década dos anos 80 que o Bota já teve.
Isto tudo prova que a união faz a força e com um trabalho de equipe, surgem as diferenças e as conquistas aparecem....

Quê jogo, tchê! Calcule...

Meus amigos! Eu já vivi e conheci muitas “malandragens” envolvendo direções e equipes de futebol, mas como essa que vou lhes contar nesse momento, confesso aos senhores, que não havia engolido tantas “cobras e lagartos” como o desenrolar dos fatos a seguir. Nas décadas dos anos 60, talvez 70, aconteceram coisas do “arco da velha” durante disputas do campeonato estadual de amadores envolvendo equipes amadoras regionais. Vocês sabiam que num desses jogos inesquecíveis, pelas circunstâncias, além de vencer na “catega” dentro do campo de jogo, valia muito a esperteza e a famosa cantada ao juiz. Só que desta feita deveria acontecer um combinado inédito entre as equipes degladiantes..É o seguinte: Para desclassificar o Botafogo de TM, era necessário o Gaúcho vencer ao seu adversário o Juventus de Três Passos , pelo escorre mínimo de 9 x 0. Sabem qual foi o resultado final histórico deste famoso jogo? 11 x 0, eu disse, onze a zero para o Gaúcho... Segundo depoimentos de alguns viventes da época, o goleiro Trespassense, durante o jogo, bebeu aproximadamente uma dúzia de cervejas. A bola chutada em direção do gol era....gol.Esse jogo, maldito para os Botafoguenses devido a sua desclassificação, foi marcado como o maior fiasco da história do futebol.

Dirigente em defesa do atleta!

Antigamente os torcedores de maior poder aquisitivo, doutores, advogados, autoridades civis e militares, assistiam aos jogos dentro do alambrado. Num jogo em Palmeira das Missões, o Botafogo disputava uma partida difícil e a equipe locatária batia muito em campo. Num desses lances perigosos, o atleta do preto e branco Clóvis, foi derrubado e agredido covardemente aos “coices” e “pontapés” por um jogador adversário. O dirigente botafoguense Arnaldo Lângaro, em socorro ao seu atleta, reclamou muito e desceu tudo o que fora de predicados contra um torcedor que se encontrava dentro do alambrado que contemporizava a cena, baixando tudo quanto foi santo e “elogios” ao que se sucedia. Mas para desconforto do Arnaldo, este torcedor era nada mais nada menos que o Delegado de Polícia, que “in continenti” deu-lhe voz de prisão por desacato a autoridade e por proferir palavras de baixo calão.Foi imediatamente mandado para a cadeia. Mas para sua tranqüilidade, estava presente um anjo da guarda, chamado Dr. Salin Jorge Cecin, que conseguiu hábeas corpus em favor do Arnaldo, o qual havia dito aos policiais: “antes dele, prendem a mim”.. Gente amiga , valeu o esforço e a vibração da enorme torcida e dos dirigentes presentes ao estádio, pois o fogão maravilha venceu aquela partida dramática e violenta por dois tentos a zero, sendo os dois gols assinalados pelo atleta Clóvis Alves, disparado o melhor jogador em campo...

Amor, dedicação ou fanatismo

Vocês sabiam que o jogador Camilo, grande centroavante goleador, duas vezes campeão estadual, em 1967 como jogador e em 1980 como treinador, no dia do seu casamento no ano de 1968, antes de subir os degraus do altar para dizer “sim” a sua querida noiva chamada Cleci ainda jogou o primeiro tempo pelo Botafogo, num jogo pelo certame amador, contra o tradicional adversário o E.C. Gaúcho da vizinha cidade de Tucunduva, no estádio municipal, fazendo um belo tento de” peixinho”. A partida final acabou em 3 x 1 para o preto e branco, e o centroavante Camilo foi o grande vilão da história. Diz ele que ainda continua marcando muitos gols de “peixinho” ou não, noite a fora, afinal adora jogar “peladas” à noite na Sociedade Guairá...

“Só faltava me pedirem para chutar os pênaltis”!

Aconteceu no ano de 1984, em mais um jogo organizado pela FGF, categoria amador, uma sensacional partida envolvendo as equipes do Preto e Branco e do E.C.Gaúcho, da vizinha cidade de Tucunduva, num jogo realizado no estádio da municipalidade em Três de Maio. Entre estas duas agremiações amadores, aconteceu de tudo e um pouco mais ao longo de tantos anos dentro das quatro linhas. Rivalidade muito grande uma coisa por demais.Torcidas fanáticas, fervorosas, briguentas. Jogadas violentas, partidas inacabadas. Jogador expulso antes de entrar em campo e goleadas históricas (aguardem que mais tarde virá no detalhe) juizes comprados, enfim perguntem aos torcedores remanescentes da época e fiquem por dentro de algo mais que só a “Shell pode lhe da”.
Na época, o juiz da FGF Hélio Zimmermann, “contemporizou” a pedido, um pênalti em favor do Botafogo. Velci, destacado pela cobrança, jogou para fora. Minutos mais tarde, o juiz, com orientações dos dirigentes botafoguenses, assinalou mais um pênalti. Velci novamente desperdiçou a penalidade máxima. E como o jogo deveria ser vencido de qualquer maneira para o Botafogo poder prosseguir no campeonato, num lance absolutamente normal, na risca da grande área, vergonhosa e escandalosamente, o juiz (“de boa intenção”), assinalou a terceira falta capital em favor dos tresmaienses. Adivinhem quem cobrou? Novamente o ponteiro direito Velci, com espetacular defesa do guardião tucunduvense. Diz o ditado: “Deus não joga mas fiscaliza”! E numa escapada de bola, o E.C. Gaúcho marcou o seu tento, vencendo a partida para delírio da torcida adversária. Logo após a partida, na tradicional confraternização na copa, entre uma cerveja e um refrigerante, o juiz falou para o Presidente Fredão: “Minha parte eu fiz, mas não queriam que eu fosse bater também os pênaltis!” Isso sim já é demais...

Jogo festivo!

Antigamente era comum entre duas cidades vizinhas realizarem encontros esportivos, onde havia trocas de gentilezas, visita pela manhã, recebimento da delegação visitante com grande foguetório, abraços e outras “cositas más”. Ao meio dia um suculento churrasco, regado a finas bebidas e saladas em geral. Por volta das dezesseis horas, o tradicional encontro esportivo, mantendo a política da boa vizinhança. Acontece que durante o almoço festivo, alguns atletas se excederam no consumo do precioso líquido, passando do limite. Próximo do início da partida, o treinador Marcelino Cassol fora avisado por colegas dirigentes, que haviam dois jogadores do Botafogo, curiosamente os dois laterais titulares, que não reuniam as mínimas condições para a prática do futebol. Porém, o treinador disse que confiava no grupo e acreditava na responsabilidade de toda a equipe. Logo na saída do jogo, o Bugre, lateral direito, ao arremessar uma lateral, caiu de costas em campo e ficou ali mesmo, sentado na lateral do gramado durante toda a partida. De igual sorte, na lateral esquerda, o seu titular Runke, ao tentar cabecear uma bola que vinha em direção da sua grande área, errou na tentativa de aproximadamente dois metros, sendo que o ponteiro Peleguinho do Palmeirense fez o gol, para alegria e até “gozação” dos presentes no estádio. Mais um substituído “in continenti”...Consequentemente, a derrota foi inevitável! Nem queiram saber, o tremendo “sermão” nos vestiários, ao término da partida, que os dois atletas ouviram do treinador Marcelino que nunca brincou em serviço. Ambos, envergonhados, aos prantos e com muita humildade imploraram perdão e nunca mais...

Cabra da peste!

No mês de maio do ano de 1975, no campo do Avante E.C. em Boa Vista do Buricá, em mais um jogo pelo Campeonato Estadual de Amadores, o Diretor de Futebol do Botafogo, sr. José Tomazoni, havia combinado com o juiz, antes do início do jogo, afastado num canto do vestiário , que era para “facilitar” o jogo em favor do time de Três de Maio. Porém, durante todo o primeiro tempo, o juiz dedicava uma grande tendência e apontava as faltas duvidosas todas em favor da equipe locatária, dando um verdadeiro sufoco ao time visitante. No intervalo do jogo, dito diretor foi de cacetete em mãos e esbravejando contra o juiz, disse-lhes: “Qual é a tua cabra, stáis garfiando contra nóis? Cabra da peste, tens que trabalhar em favor do preto e branco.” Daí o juiz perguntou: “Prá que lado? Afinal qual é o teu time?” Dito isso, o jogo mudou de figura. Massacre do Botafogo! Arbitragem nota dez, elogios e aplausos. A partir do ”mal entendido”, os gols foram saindo naturalmente... Nesse mesmo jogo, aconteceu um fato curioso envolvendo o atleta Guido (popular Carbone) do Botafogo: Fez um gol, não conseguiu vibrar devido ao calor do jogo e a perseguição entre os atletas, e numa jogada firme de disputa de bola no ar, mandou um atleta do Avante mais cedo para o chuveiro. Mas depois da chuva e de um tremendo “temporal” de jogadas bruscas, ríspidas e violentas, o Botafogo saiu vitorioso, para felicidade do juiz(com a grana extra no bolso) e dos torcedores Botafoguenses...

GOLS: A história dos três!

Botal nº 34:
Estádio da Baixada do Oriental F.C. Jogo válido pelo Campeonato Estadual de Amadores do RS, realizado em maio de 1979, vencido pelo Fogão Maravilha por 4 x 1.
Detalhes: O ponteiro esquerdo do Botafogo, Vicente, consegui a façanha inédita de assinalar três tentos, tornando-se na história dos clássicos Botais da cidade, como o único atleta a marcar três tentos em um mesmo jogo. Parabéns Vicente, “o amigo da gente”...
Campeonato Varzeano CMD-TM:
Num jogo realizado pelo campeonato varzeano, organizado pela Prefeitura Municipal no ano de 1974, entre as equipes do Elite de Caravágio e da S.E.Rocinha, em N.Sra. do Caravágio, o placar final acusou uma goleada para os canarinhos do Rocinha, por três tentos a zero.
Os três gols foram assinalados pelo atleta Milton, saindo do arco onde atuou no primeiro tempo, para depois jogar na ponta esquerda, anotando três belos tentos.
Jogador versátil, competente, goleador, o maior “coringa” da equipe , e ainda, irmão do amigo da gente...
A história registra com alegria os três tentos de um mesmo atleta numa mesma partida entre dois irmãos... Resta-nos apenas a alegria, a emoção e a saudade destes momentos inesquecíveis!
Hélio: seus gols e suas façanhas!
O resumo dos três em três vezes é o seguinte:
Campeonato estadual de amadores realizado no ano de 1980, que contou com a participação de 221 equipes de todo o estado. O Botafogo ao longo do certame, disputou 28 partidas. Obteve 15 vitórias, 08 empates e 05 derrotas. Assinalou 57 gols, sofreu 38 gols, apresentando um saldo positivo de 19 gols. Os jogadores Alemão e Lautério do Botafogo, jogaram todas as partidas e o centro avante goleador hélio, jogou 26 partidas, assinalando 25 tentos.
Primeiro: Botafogo e Grêmio Esportivo Condor, na cidade de Condor.
Placar da partida: 4 x 3 para o Botafogo: Goleadores do alvi negro: Tarcisio 1 e Hélio: 3
A partir deste resultado inesperado para alguns dirigentes e torcedores desacreditados, foi o marco da arrancada para o conquista do Tri-Campeonato Absoluto do Estado do RS, categoria amador. Os comandados de Camilo Dionízio Kehrvald, segundo relato da época, criaram vergonha na cara e se dedicaram de corpo e alma para conquistar mais um sonhado título.
Duas Batalhas contra HZN: Em TM no estádio Municipal, no dia 09/11/80, tendo na arbitragem o conhecido árbitro Sr. Valdir Vione, num jogo dramático, debaixo de um mau tempo, e após estar perdendo por 3 x 1, o fogão chegou ao empate e 3 gols, com os três tentos assinalados pelo centroavante Hélio.
No jogo de volta realizado no dia 15/11/80, no estádio municipal da Associação Horizontina, tendo como Juiz o sr. Aimoré Silva, o Botafogo venceu de forma maiúscula seu adversário, por 3 x 2. Adivinhem quem marcou os três tentos do Preto e Branco? Novamente o centroavante goleador do campeonato, Hélio, conhecido mais tarde como “a marca do goleador”..
Parabéns goleadores dos três gols na mesma partida e dos três gols em cada uma das três partidas consecutivas. Parabéns jogadores-irmãos, grandes “craques” do passado, orgulho do futebol local e regional. “Sirvam vossas façanhas, de modelo para os nossos jovens desportistas”!

VENENOSO em Santa Rosa!

O “gol do trem”, legítimo e de verdade, teria sido do atleta Venenoso do Oriental F.C., num jogo realizado no estádio do Quartel em Santa Rosa, no ano de 1957, entre o Aliança, local, e o Oriental de Três de Maio. Ao cobrar uma falta de fora da área, ele teria avisado antes aos colegas: “Escutem o apito do trem”, pois estava convicto que faria o gol. E, de fato, cobrou e guardou. Parabéns ao atleta Venenoso, atacante do co-irmão Oriental F.C. de TM, pois foi o atleta que marcou o primeiro gol em clássicos Botais nos anos 60 e sabem como: COM A MÃO. Segundo Marcelino Cassol, “ainda nos gozava”... Malandragem, esperteza ou falta de qualidade...

Amistoso!

Ano de 1961. Equipes: Botafogo E.C. de TM e Juventus E.C. de TPassos. Jogo realizado no estádio da municipalidade em TM. O juiz da contenda foi o conhecidíssimo Elemar Kath, vulgo Gatão, que se revelou muito ainda nos jogos do campeonato varzeano, organizado pela Prefeitura Municipal, no interior do município, nos anos 70. Sem encostar o pé na bola, o atleta Runke, do pintiafogo, foi expulso no primeiro minuto de jogo. “Na saída de bola do centro do gramado, o gatão assinalou uma falta duvidosa contra nós. Eu disse pro juiz: apita direito seu fdp”... É preciso dizer mais!

Caco de excursão!

Jogo amistoso realizado no ano de 1961, na cidade Catarinense de São Miguel do Oeste, entre as equipes amadoras do Guarani F.C. e do Botafogo E.C. A delegação tresmaiense viajou a noite toda. Naquela época não havia asfalto e as estradas eram de péssima qualidade.
Detalhes: Jesus que na época era auxiliar técnico da equipe, disse que quando o ônibus em manobra brusca, enfrentando um barral tremendo, e terem que empurrá-lo muitas vezes, o mesmo quase virou. Depois disso tudo, minha mulher desmaiou. Logo, todos preocupados e tentando emprestar socorro e solidariedade a pobre mulher , foi-lhes pedido água. Lá da cozinha um “gajo” teria dito: “Só tem cachaça”..
Ainda: Chegaram às cinco horas da manhã, e as seis da matina, alguns atletas foram “degustar” cerveja num bar da cidade. Pegos em flagra pelo Jesus da Silva, a farra foi desfeita. Adivinhem o resultado da partida! Derrota por um tento a zero. É preciso dizer mais?
Ainda na bendita excursão: Um atleta do preto e branco, metido a conquistador e boa pinta, ao se deparar com uma linda morena, aquela de fechar o comércio, indústria, lavoura e até farmácia de plantão, e achando que “dita cuja” era doméstica do hotel, no qual a delegação estava hospedada, entre uma cantada e outra, e até com muita coragem e convicção, pedindo licença para “descansar” na sua cama após o almoço, para sua total tranqüilidade perguntou àquela tremenda morenaça: “Você trabalha na casa. E a querida respondeu: Não meu amor, eu sou filha do DELEGADO de Polícia Regional aqui de Santa Catarina. Preciso comentar algo mais? A fome do atleta lateral acabou, e concluiu dizendo: “Com licença o Jesus me chamou e tenho que ir almoçar com a equipe”... Virgi, me conta melhor esta história Runke...

Brigas em Giruá!

No ano de 1966, um dia após a final da Copa do Mundo na Inglaterra, onde o Brasil fez o maior fiasco não passando da primeira fase na competição, o Botafogo jogando pelo Campeonato Amador, enfrentava o E.C. Aimoré , na cidade de Giruá. Partida difícil. Duas equipes parelhas. Liderença em jogo. Torcidas fanáticas. Juiz...

Logo no início da “batalha”, o zaqueiro Valter, agredia a chutes e pontapés o centroavante Camilo. O troco era dado do outro lado pelo lateral direito Chico sobre o ponteiro esquerdo Luizinho. As torcidas quentes e enfurecidas, imploravam por expulsões. E não durou muito. Após a expulsão do zagueiro Valter por mais uma jogada violenta, o mesmo partiu covardemente em agressão ao árbitro. Invasão de campo pelas torcidas e “peleia” geral...
Lembro do saudoso sr. Remigio Loro, distribuindo “socos” com o charuto na boca... Contam que o sr. Nélson Cereser dizia para o brigadiano que batia desordenadamente : “ Que é isso baixinho”! O policial responde: “borracha” e descia...
A torcida aos gritos , choros e prantos, desesperada pedia a Deus para o final da batalha campal...


JESUS em Santa Rosa!

Num jogo amistoso entre o Botafogo e o Paladino, em Santa Rosa, o ponteiro esquerdo Jesus da Silva, após uma jogada sensacional, assinalou um belo tento em favor do preto e branco. No exato momento da comemoração do gol, o Trem passou próximo do estádio e buzinou... Mera coincidência, é claro, mas o gol ficou na história como o “gol do trem”...

Prevenir o cansaço!

No jogo final entre o Botafogo e o 15 de Novembro, em Campo Bom, no ano de 1967, a delegação Tresmaiense partiu no sábado com o objetivo de estar “inteirinha” para a grande final. A caminho, na serra em Lajeado, o ônibus da delegação quebrou, ficando parado na estrada durante 9 (nove) horas. Este fato inesperado, além de uma preocupação, gerou um cansaço e uma intranquilidade geral. O jogo foi vencido pelo 15 de Novembro por 3 x 1. A prorrogação de 30 minutos ficou empatada em zero a zero. As 05 (cinco) cobranças individuais de penalidades foram convertidas pelo centroavante Flávio, contra 04 (quatro) do adversário. O Botafogo conquista o seu segundo título Estadual de Amadores . É recebido com grande foguetório pelos Tresmaienses, com enorme desfile pelas principais avenidas da cidade de Três de Maio....

BOTAL N° 26 – O Botal da Vergonha

O jogador do Botafogo Luiz Fernando Cereser, ao recolher uma garrafa jogada para dentro do campo por um torcedor, foi expulso pelo juiz do clássico, Sr. Paulo Carvalho da FGF, causando uma briga generalizada entre o juiz e os jogadores. Fato acontecido em junho de 1975, no Estádio da Baixada.


Expulso na entrada!

Num jogo oficial pelo campeonato amador entre o Botafogo e o Gaúcho de Tucunduva, em Tucunduva, nos idos anos de 1960, o atleta Botafoguense Nery Jahn, foi expulso pelo árbitro antes de entrar em campo. Pelo que contavam os colegas da época, ele teria dito: “De novo esse juiz ladrão...”



Será mentira ou será verdade?

Contam os viventes da época, década dos anos 70, que num jogo oficial da FGF, no Estádio Municipal, o juiz da partida assinalou um pênalti a favor do Botafogo, e os jogadores do time adversário não permitiram a cobrança. Indignado, um torcedor Tresmaiense ( o nome está mantido em segredo), pulou o alambrado e bateu a pena capital, assinalando o tento, correndo aos gritos vibrantes em direção à torcida.
Se a moda pega....

Feio fora do Estado

Certa feita por ocasião dos encontros esportivos entre as equipes do Juventes F.C. de Saudades –SC e Botafogo E.C. de Três de Maio-RS, em uma de tantas visitas de ida e frida, em encontros de cunho esportivo, recreativo e social, dois atletas veteranos Tresmaienses, deram uma de “João sem braço”..
Ocorre que um sargento de lá, foi assistir os jogos de futebol de campo e estacionou o carro da Brigada, deixando a chave na ignição do mesmo. Os ditos “caras de páu”, disfarçadamente entraram no veículo, deram partida e foram desfilar faceiros e garbosos pela cidade a fora, chamando a atenção da população que entendia ter havido uma mudança no comando da BM, para espanto do tal brigadiano...
Falem com o Sargento Almir e com o Tenente Argemiro e certifiquem-se do que estamos afirmando....entende...

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